Fonte: Biblioteca Digital de Literatura de Países Lusófonos

LITERATURA BRASILEIRA
Textos literários em meio eletrônico

“A Cópula”, de Manuel Bandeira


Edição de base:

 Bric a Brac (1986) 2: [37].

A Cópula

Depois de lhe beijar meticulosamente

O cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce

O moço exibe à moça a bagagem que trouxe:

Culhões e membro, um membro enorme e turgescente.

Ela toma-o na boca e morde-o, incontinenti

Não pode ele conter-se e, de um jacto, esporrou-se

Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se

E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: “Eu morro! ai não queres que eu morra?!”

Grita para o rapaz, que aceso como um Diabo,

Arde em cio e tesão na amorosa gangorra.

E titilando-a nos mamilos e no rabo

(que depois irá ter sua ração de porra)

Lhe enfia cono a dentro o mangalho até o cabo.