Fonte: Biblioteca Digital de Literatura de Países Lusófonos

LITERATURA BRASILEIRA

Textos literários em meio eletrônico

Sermão das dores da Sacratíssima Virgem Maria, depois da morte do seu Benditíssimo Filho, do Padre Vieira


Edição de Referência:

Sermões.Vol. X Erechim: EDELBRA, 1998.

SERMÃO DAS DORES DA SACRATÍSSIMA VIRGEM MARIA,

Depois da morte de seu benditíssimo Filho,

em Lisboa, na igreja de Santa Mônica, e a religiosas de Santo Agostinho.

Ano de 1642.

Dolores inferni circumdederunt me[1].

§ I

O dilúvio incompreensível das dores da Virgem Mãe na consideração da morte de seu Filho. A comparação de Jeremias e a semelhança do autor. A amargura do mar e os tormentos do inferno. Assunto do sermão: os extremos da dor da Virgem, Senhora nossa, comparados às penas do inferno.

Se as dores inconsoláveis podem ter alguma consolação e alívio, é a semelhança ou companhia de outrem que as padeça iguais. Assim o pôs em provérbio o comum sentimento dos homens, posto que desumano em parte. Levado deste pensamento o profeta Jeremias, com os olhos neste mesmo dia, e nesta mesma hora em que estamos, e considerando os extremos da dor, com que a espada de Simeão trespassou a alma da Mãe de Deus na morte lastimosíssima de seu Filho, em nome da mesma Senhora, e em figura da cidade de Jerusalém coberta de luto, pergunta a todos os que passavam à vista do Monte Calvário, se todos, ou algum deles viram alguma dor semelhante à sua: O vos omnes qui transitis per viam, attendite, et videte si est dolor sicut dolor meus[2]. E como ninguém respondesse, nem pudesse satisfazer à pergunta do profeta, na suspensão deste silêncio voltou ele para dentro de si a mesma pergunta, e pôs-se a considerar consigo a que criatura de quantas abraça o universo — entrando também na comparação as insensíveis — compararia a grandeza daquela dor: Cui comparabo te, vel cui assimilabo te, filia Jerusalem? Vel cui exaequabo te, et consolabor te, Virgo, filia Sion[3]?E como não achasse a sua imaginação coisa alguma nem de maior grandeza nem de maior amargura que o mar, enfim se resolveu que só no mesmo mar podia achar a semelhança, e na mesma semelhança a consolação que buscava: Magna est velut mare contritio tua[4].

Assim disse Jeremias; mas, sendo um tão grande profeta, e o mais exercitado em casos lastimosos e tristes, disse pouco. O fel é mais amargoso que o mar, e o fel que a Senhora viu dar a seu Filho naquela ardentíssima sede foi uma pequena parte das suas amarguras. E, posto que o mar seja um elemento tão vasto e tão imenso, em que uma onda sobre outra onda, todas quebrando naquele lastimado coração, tinham alguma semelhança com os golpes repetidos e com a imensidade da sua dor; muito maior, mais alto e mais pesado era o pego sem fundo da sua pena, como aquele cuja tempestade subiu acima do céu, e em cujas ondas chegou a naufragar e afogar-se o mesmo Deus: Vem in altitudinem maris, et tempestas demersit me[5]. — Suposta esta verdade, e havendo nós hoje de vadear de algum modo o dilúvio incompreensível das dores da Virgem Mãe na consideração da morte de seu Filho, não lhe achando comparação ou semelhança nem no mar nem na terra, aonde a irei buscar? Seguindo os passos da mesma dor, adverti que a alma da Mãe seguia a do, Filho, e que a do Filho descia ao inferno: Descendit ad inferos. — E, porventura, descendo Cristo ao inferno, padeceu as penas que lá se padecem? Não: antes as desfez, como diz S. Pedro: Solutis doloribus inferni[6]. — Suposto isto, já achei o que buscava. O Filho no inferno sem dor, a Mãe neste mundo com dores, a que se não acha comparação? Logo, o Filho e a Mãe nesta hora partiram entre si o inferno: o Filho descendo ao lugar, e a Mãe padecendo as dores: Dolores inferni circumdederunt me[7], — Este será o meu assunto, que em tempo tão breve como o sinalado, só sendo tão extraordinário podia ser grande. E, posto que o nome do inferno pareça medonho, a propriedade da mesma comparação lhe tirará o horror.

§II

Os extremos do amor forte como a morte e os extremos da dor dura como o inferno. As duas penas do inferno: a pena de dano, e a pena de sentido. A dor da Mãe de Deus e a pena do dano. Por que diz Cristo ao ladrão: Hoje estarás comigo no paraíso — se no mesmo dia desceu ao inferno, e lá o achou o Bom Ladrão? Se a privação de Deus, ainda que aborrecido, é a maior de todas as penas do inferno, qual será a privação do mesmo Deus sumamente amado, como a da Virgem Maria, sem a presença e vista de um Filho Deus?

Foros est ut mors dilectio, dura sicut infernus aemulatio[8]disse profeticamente Salomão, falando do Esposo e da Esposa, isto é, Cristo e sua Mãe. Põe de uma parte o amor, e da outra a emulação competindo-se; e, por extremos da competência, da parte do amor a morte, e da parte da emulação o inferno. E quais foram os competidores? Os que já dissemos. Da parte do amor o Filho, que chegou a morrer por amor dos homens; e da parte da emulação a Mãe, que, vendo o Filho morto, chegou a padecer por ele as dores do inferno. De sorte que, comparando a fortaleza do amor com a dureza do inferno, no sepulcro do Filho se pode escrever por epitáfio: Fortis est ut mors dilectio — e no coração da Mãe por troféu: Dura sicut infernus aemulatio. — Dos extremos do amor forte como a morte pregaram hoje todos os púlpitos; dos extremos da dor dura como o inferno hei de falar eu agora, e peço atenção.

Duas penas se padecem no inferno: a pena de dano, e a pena de sentido. A pena de dano consiste na ausência de Deus. E, começando por esta, tal foi a primeira pena da dor de Maria. As outras ausências, ainda que sejam de quem muito se ama, são penas desta vida; só a privação e ausência de Deus é pena como a que no inferno, por antonomásia da perda, se chama pena de dano. Privação era a que Deus considerou em Adão, quando disse: Non est bonum esse hominem solum[9], — Privação foi a que considerou Jacó em Benjamim pela morte de seu irmão, quando disse: Et ipse solus remansit[10].Mas como as penas e as ausências eram semelhantes à companhia de que um se via falto, e outro privado, não mereciam o nome de dano, que só por excelência se deve à privação da companhia e vista de Deus, qual era a que a Senhora padecia nesta hora, privada da presença e vista de um Filho, que, juntamente, era seu Filho e seu Deus.

Disse o ladrão a Cristo: Domine, memento mei[11]. E o Senhor lhe respondeu: Hodie mecum eris in paradiso[12]. — Pois como in paradiso, se Cristo no mesmo dia desceu ao inferno, e lá o achou o ladrão, quando pouco depois expirou? Cristo no inferno, e o ladrão no inferno naquele dia, e também nos dois seguintes, e diz-lhe Cristo: Hoje estarás comigo no paraíso? — Sim, e por isso mesmo. Não vedes que disse Cristo ao ladrão que estaria com ele: Mecum eris? — Pois, por isso acrescenta também que estaria no paraíso, porque estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, é estar no paraíso. O in paradiso foi conseqüência do mecum eris. E se a glória de estar com Cristo no inferno faz do inferno paraíso, vede se a pena de estar sem Cristo neste mundo faria do paraíso inferno! A presença ou ausência de Deus é a que faz o inferno ou o paraíso, e não os lugares. O inferno começou no céu, quando os anjos foram privados da vista de Deus; e o paraíso começou no inferno, quando os santos padres viram lá a Cristo. E esta era a diferença em que os olhos e coração da Senhora se viu nesta hora.

Se aos bem-aventurados lhes faltasse o lume da glória, ainda que ficassem no céu os mesmos bem-aventurados, deixariam subitamente de o ser, e começariam a padecer a pena de dano, que é a privação da vista de Deus. Isto mesmo lhe sucedeu hoje à Virgem: Et lumen oculorum meorum, et ipsum non est mecum[13]. — Faltou-lhe o lume de seus olhos, e nesta privação da vista de seu Filho e seu Deus, padecia uma pena em tudo semelhante à pena de dano. Comparai aquele mecum eris com este non est mecum, e assim como ali tirou Cristo por conseqüência o paraíso, assim aqui devemos nós tirar, pela mesma conseqüência, o inferno.

Oh! que profunda conferência faria a Senhora sobre este et ipsum non est mecum! Lembrada de quando lhe disse o anjo: Dominus tecum[14]Então — diria — ainda que me anunciasse Gabriel que meu Filho havia de remir o mundo, e eu sabia bem que havia de ser por morte de cruz, como me disse que ele estava e havia de estar comigo, tudo se me fazia leve. Quando outra vez nos veio anunciar o desterro do Egito, como disse: Accipe puerum, et matrem ejus[15]nele, e com sua companhia se me faziam fáceis todas as perseguições e todos os trabalhos. Uma vez o perdi com dor quase semelhante a esta; mas então tive a liberdade para o buscar e achá-lo: agora, que entre mim e ele está em meio toda a terra, que remédio pode ter a minha dor? Facilmente me resolveria a fazer o que disse Jacó na morte de José, tanto menos desconsolado quanto vai de filho a filha: Descendam ad fillium meum lugens in infernum[16]. — Mas esta graça de acompanhar a meu Filho na morte, não quis ele que eu a tivesse. Enfim, só isto tem menos de inferno a minha pena, que é conforme com a sua vontade.

Porém, e nisto era menor a pena da Senhora, que a pena de dano, que no inferno se padece, em outra circunstância a excedia muito, que era a do amor. A pena de dano do inferno é somente carecer da vista de Deus; mas não da vista de Deus amado, porque os que no inferno padecem esta privação, tão longe estão de amar a Deus, que antes o aborrecem furiosamente. E se a privação de Deus, ainda que aborrecido, é a maior de todas aquelas penas, qual será a privação do mesmo Deus sumamente amado? Amava a Senhora incomparavelmente mais todas as mães a seus filhos, amava incomparavelmente mais que todos os bem-aventurados a Deus. Vede que pena seria a sua na privação da presença e da vista de um Filho Deus? Dura sicut infernus aemulatio.

§ III

A pena dos sentidos. Por que diz a Senhora que para ela, e não para seu Filho, foi a Paixão um feixe de mirra? Quanto maior força teve a apreensão e compreensão de toda a Paixão junto para atormentar a alma da Mãe de Deus. Razões dos efeitos que fez a Paixão na alma do Filho de Deus durante a agonia do Horto. As dores da Virgem Maria, e a sarça ardente do deserto. Os tormentos do inferno e a impossibilidade da morte.

Mas porque este gênero de pena excede toda a compreensão humana, passemos à segunda, que é a pena de sentido. As penas do sentido no inferno são muito diferentes de todas as que se padecem nesta vida, porque as desta vida padecem-se em tempo sucessivamente, e por partes, e as do inferno padecem-se na eternidade, que é duração indivisível e simultânea, e assim não se padecem uma depois da outra, senão todas juntas. Esta mesma diferença tiveram as penas da Senhora nesta hora, comparadas com as suas e as de seu Filho na Paixão. Na Paixão, primeiro se padeceram as injúrias da prisão, depois os açoites da coluna, depois os espinhos da coroação, e ultimamente os cravos e a cruz. Porém, nesta hora padeceu-as a Senhora todas juntas.

Assim o disse a mesma Senhora por boca da Alma Santa: Fasciculus myrrhae dilectus meus mihi; inter ubera mea commorabitur[17]. — A mirra, como tão amargosa, foi figura da Paixão de Cristo; e, como tal, oferecida a ele nos misteriosos dons dos reis do Oriente. Pois, por que diz a Senhora, que para ela — mihi — e não para o Filho, foi a Paixão um feixe de mirra? Porque Cristo na sua Paixão padeceu os seus tormentos divididos; e a Senhora depois dele, e na sua consideração, padeceu-os juntos. Ele, divididos em diversos tempos e partes do corpo, ela, juntos no mesmo tempo e no mesmo coração, O ódio dos inimigos de Cristo, por mais cruel que fosse, não o pôde atormentar senão por partes, e, assim como o Senhor padeceu todos os tormentos sucessivamente e divididos, assim também a Mãe, quando o seguia e acompanhava. Porém, depois da sua morte, só, sem ele e consigo considerava tudo o que naquele dia tinha passado. Ali se ataram e uniram todos os tormentos da prisão, dos açoites, da coroa, da cruz, dos cravos, da lança, e de todos os outros tormentos, e se fez um composto de penas, que, sendo cada um insofrível e imenso para a dor, cabia todo junto dentro do coração e entre aqueles sagrados peitos, que em diferente cor haviam dado ao Filho o mesmo sangue que derramou: Inter ubera mea commorabitur,

E para que se veja quanto maior força tinha esta apreensão e compreensão de toda a Paixão por junto, para atormentar a alma da Mãe, vejamos os efeitos que fez na alma do Filho, Estando Cristo no Horto, foi tal o temor, o horror e a tristeza que concebeu dos tormentos de sua Paixão, que três horas inteiras prostrado por terra pediu a seu Eterno Pai o absolvesse dela: Transeat a me calix iste[18]. — E, finalmente, vendo que não era possível, segundo os decretos divinos, foi tal e tão estranha a sua agonia, que suou copioso sangue, e foi necessário que viesse um anjo a confortá-lo. Neste ponto entrou o Senhor a padecer os mesmos tormentos, e todos sofreu com admirável paciência e constância, sem escusa, sem se lhe ouvir palavra, sem antecipar o sangue às feridas, e sem que homem da terra nem anjo do céu o animasse; antes, vendo que se acabavam, disse: Sitio[19] — não tanto pela sede que o atormentava, como pela sede que tinha de mais padecer. Pois, se agora padece com tanto valor, alegria e magnanimidade, sendo estes tormentos, não outros senão os mesmos que antevia e considerava no Horto, por que então lhe causaram tanto horror, e lhe pareceram, e verdadeiramente eram, tão intoleráveis e insofríveis, e agora não? Porque então estavam todos juntos na apreensão, e agora divididos no sofrimento: Transeat a me calix iste (Mt. 26, 39) — então estavam todos os tormentos juntos em um cálix, e este mesmo composto de todos os ingredientes da Paixão, que depois, bebidos por partes, eram muito inferiores à sua paciência e valor; unidos todos e representados por junto, à mesma paciência e valor eram insuportáveis e insofríveis. Tal foi a diferença dos tormentos que agora padecia a Senhora, aos que tinha padecido ao pé da cruz! Estes foram como os que Cristo padeceu no Calvário, aqueles como os que padeceu no Horto; estes, divididos e por partes, como tormentos desta vida; aqueles, todos juntos e sem sucessão, como os da eternidade do inferno: Dura sicut infernos aemulatio.

558.Finalmente, para que lhe não faltasse a circunstância de dureza e rigor semelhante à do inferno, notai que, sendo tão grandes, não bastaram a lhe tirar a vida. Foram tão excessivos os tormentos da Virgem na Paixão de seu Filho, que diz S. Bernardo que, se se repartissem por todas as criaturas viventes, bastariam a tirar a vida a todas. Mais. Era tão grande o amor da Senhora, e o afeto temíssimo com que desejava não se apartar da presença e vista de seu Filho, que teria por grande benefício ou morrer, para que ele não morresse, como dizia Davi na morte de Absalão, e já que isto não pudesse ser, ao menos morrer juntamente com ele. Pois, se a Senhora desejava tanto a morte, e os tormentos eram bastantes para lhe tirar mil vidas, por que não morreu entre suas penas? Porque esta é a propriedade dos tormentos do inferno: Dura sicut infernus aemulatio — não só dura porque atormenta duramente, senão também porque, atormentando, endurece a quem atormenta, e matando, imortaliza para sempre matar. Nesta vida temem os homens a morte, e todos andam fugindo dela; no inferno, pelo contrário, todos desejam morrer, e a morte foge de todos: Fugiet mors ab eis[20]. — Eis aqui qual foi a dureza e o rigor dos tormentos e penas da Mãe de Deus, depois da morte de seu Filho. A de dano e a de sentido, ambas como as do inferno em atormentar, e ambas como as do inferno em lhe não darem a morte.

Esta foi aquela grande maravilha que viu Moisés no deserto de Madiã: Vadam, et videbo visionem hanc magnam, quare non comburatur rubus[21]. — O fogo desta vida consome tudo o que abrasa; o fogo do inferno abrasa e não consome. E que sarça era a que assim ardia, senão a que foi representada nela, e nunca com tanta propriedade, como nesta hora, toda espinhos, toda tormentos e toda dores, mas toda ardendo em um fogo, que, devendo-lhe tirar a vida, para maior continuação do sentimento, a conservava viva e imortal. O fogo do amor e dos tormentos de Cristo foi como fogo da terra, que lhe tirou a vida: Fortis est ut mors dilectio[22] — o fogo do amor e tormentos de Maria, foi como fogo do inferno, que a endureceu contra a morte: Dura sicut infernus aemulatio[23]. — E este foi o cerco em que aquelas dores puseram a maior e mais angustiada alma, tão apertado, que o não podia sofrer a vida, e tão fechado, que o não podia aliviar a morte: Dolores inferni circumdederunt me.

Mas o que não puderam declarar as minhas palavras,  vejam agora os olhos naquela piedosa imagem viva sem vida, e morta sem poder morrer: Vadam, et videbo visionem hanc magnam[24].



[1] Dores de inferno me cercaram (SI. 17, 6).

[2] No original: similis sicut dolor meus: Ó vós, todos os que passais pelo caminho, atendei, e vede se há dor semelhante à minha dor (Lam. 1, 12).

[3] A quem te compararei, ou a quem te assemelharei, filha de Jerusalém? A quem te igualarei, e como te consolarei, ó Virgem, filha de Sião (Lam. 2, 13).

[4] Grande é como o mar o teu desfalecimento (ibid.).

[5] Cheguei ao alto-mar, e a tempestade me submergiu (SI. 68, 3).

[6]Tendo-o solto das dores do inferno (At. 2, 24).

[7] Dores de inferno me cercaram (SI. 17, 6).

[8] O amor é valente como a morte, o zelo do amor é inflexível como o inferno (Cânt. 8, 6).

[9] Não é bom que o homem esteja só (Gên. 2, 18).

[10] E ele ficou só (Gên. 42, 38).

[11] Senhor, lembra-te de mim (Lc. 23, 42).

[12] Hoje serás comigo no paraíso (ibid. 43).

[13] E ainda o mesmo lume dos meus olhos não está já comigo (SI. 37, 11).

[14] O Senhor é contigo (Lc. 1, 28).

[15] Toma o menino e sua mãe (Mt. 2, 13).

[16] Chorando, descerei para meu filho ao inferno (Gên. 37, 35).

[17] O meu amado é para mim como um ramalhete de mirra; ele morará entre os meus peitos (Cânt. 1, 12).

[18] Passe de mim este cálix (Mt. 26, 39).

[19] Tenho sede (Jo. 19, 28).

[20] A morte fugirá deles (Apc. 9, 6).

[21] Irei, e verei esta grande visão, por que causa se não consome a sarça (Êx. 3, 3).

[22] O amor é valente como a morte (Cânt. 8, 6).

[23]  O zelo do amor é inflexível como o inferno (ibid.).

[24] Irei, e verei esta grande visão (Êx. 3, 3).