Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludovico_Antonio_Muratori
Ludovico Antonio Muratori (Vignola, 21 de outubro de 1672 — Modena, 23 de janeiro de 1750), latinizado como Ludovicus Antonius Muratori, aliás Lamindius Pritanius, foi um escritor, historiador e filósofo, sacerdote católico, que se destacou como historiador e estudioso dos clássicos greco-latinos e como intelectual e académico de referência da geração de finais do século XVIII. É considerado como o fundador da historiografia italiana. Celebrizou-se pela descoberta de um fragmento da mais antiga listagem dos livros do Novo Testamento que se conhece, hoje em sua honra denominada Cânone Muratori. Durante a maior parte da sua vida foi bibliotecário e arquivista na Biblioteca Ducal de Modena, revelando-se um trabalhador erudito e infatigável, produzindo um impressionante volume de trabalho: Rerum Italicarum scriptores (28 vol., 1723 – 1751); Antiquitates Italicae medii aevii (6 vol., 1738–1742), ambas importantes colecções de fontes para a história da Itália, e muitas outras obras de largo fôlego. Escreveu ainda uma história da Itália, intitulada Annali d'Italia, publicada em 12 volumes entre 1744 e 1749, considerada como a primeira tentativa moderna de elaborar uma história da Itália. Em resultado da publicação desta obra, Muratori é considerado como o fundador do método histórico científico moderno, assente numa rigorosa pesquisa das fontes documentais. A metodologia que desenvolveu adoptava critérios de análise e crítica científica das fontes, abandonando a historiografia baseada na confabulação e no panegírico dos poderosos que durante séculos tinha dominado a produção histórica europeia. Para além de uma estátua na cidade de Modena, em 1950 a Itália emitiu um selo postal homenageando-o na passagem dos 200 anos sobre o seu falecimento.
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