Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Melo


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Information about the writer

  • Full name: Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Melo
  • Pseudonym(s): Padre Mororó
  • Birth: 1780 - Groaíras, CE
  • Decease: 1825 - Fortaleza, CE

Description

  • Religioso, político, professor, poeta, redator de periódico. O local de nascimento do autor ainda se conhecia, no século XIX, como Riacho do Guimarães, um povoado que depois deu origem ao município de Groaíras. A Wikipédia dá 1774 como ano de nascimento. Por sua vez, Blake registra seu nome como "Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Mello Mororó".

Source(s) of data

  • BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v.
  • WIKIMEDIA FOUNDATION. Wikipédia: a enciclopédia livre. Conteúdo enciclopédico de autoria coletiva. Disponível em: https://www.wikipedia.org.

Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gonçalo_Inácio_de_Loiola_Albuquerque_e_Melo

Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Mello (Fazenda Santa Barbara, Povoado de Riacho dos Guimarães, atual município de Groaíras, 24 de julho de 1774 — Fortaleza, 30 de abril de 1825), mais conhecido como Padre Mororó, foi um sacerdote, jornalista e revolucionário brasileiro. Nasceu em Groaíras, então chamada de Riacho dos Guimarães, filho de Félix José de Sousa e Oliveira e de Teodósia Maria de Jesus Madeira. Avós (paternos): Francisco de Sousa Oliveira Catunda e Tecla Rodrigues; Avós (maternos): Manuel Madeira de Matos e Francisca de Albuquerque e Melo. O pai do Pe. Mororó era natural do Rio Grande do Norte e sua mãe era filha de um português casado com uma moça da família Albuquerque (de Pernambuco). Gonçalo teve o sobrenome registrado o de sua avó materna. A respeito de seu avô materno, diz o Barão de Studart: "Manuel de Matos Madeira, português, que para a antiquíssima povoação do Riacho dos Guimarães, próxima da vila de Caiçara (Sobral) já viera casado, rezando crônicas sertanejas que, conforme após a morte de Madeira, se verificou de papéis que este sempre subtraíra ao conhecimento dos mais íntimos, era o dito Madeira, que no Estado tem grande descendência, um alto titular da nobreza de Portugal, de nome diverso desse pelo qual se fazia tratar, e evadido da sua terra ante a mortal perseguição desenvolvida contra a sua família pelo Conde de Oeiras, poderosíssimo Ministro d'El-Rei Dom José". Iniciou seus estudos no interior do Ceará, partindo, aos vinte e dois anos, para Pernambuco, onde se matriculou no curso de Teologia. Ordenou-se sacerdote em 1802 no Seminário de Olinda, que segue orientação iluminista e com influência na formação de ideias antiabsolutistas numa geração de jovens. No seminário teve como colegas Frei Caneca, Padre Miguelinho e Padre João Ribeiro. Exerceu a atividade religiosa em várias cidades do interior do Ceará, onde chegou a pregar contra a Revolução de 1817. Aos poucos, porém, começou a ter contato com as ideias liberais, graças à leitura do jornal Correio Braziliense. Quando soube da notícia do fechamento da Constituinte de 1823, liderou o repúdio de Quixeramobim ao autoritarismo do D. Pedro I. Formou-se, então, o movimento que culminaria na Confederação do Equador. Utilizou-se como veículo de comunicação dessas ideias o Diário do Governo do Ceará, o primeiro jornal publicado no estado, cuja redação e direção coube ao Pe. Gonçalo Inácio de Albuquerque Mororó. Em pouco tempo o jornal deixou a condição natural de porta voz do governo para transformar-se em peça de artilharia da campanha por um Nordeste independente e que posteriormente se passasse para todo o Brasil. O nome Mororó, foi criado por indígenas e dado a uma árvore com valor medicinal, a qual originalmente era chamado de mboró (sabor amargo) + oró (superior) e o sobrenome surgiu por nacionalismo típico da época, assim como de muitos líderes revolucionários nordestinos, que substituíram os seus cognomes por nomes que lembrassem alguma coisa do país ou da região que traduzissem adesões à independência. Era uma afirmação pública de nacionalismo, ou melhor, brasilidade. Dando origem assim ao sobrenome, que famílias locais posteriormente adotariam, buscando assim resgatar e manter viva a memória do mártir que sacrificou a sua vida em prol dos nordestinos. Com o fracasso do movimento, foi preso e condenado à morte pela forca. Entretanto, a pena foi convertida em fuzilamento já que ninguém se prontificou a exercer a vil tarefa de ser o carrasco. Assim, Padre Mororó foi executado no antigo Campo da pólvora, hoje chamado Praça dos Mártires ou Passeio Público.

TitleTranslatedClassificationYear

Beginning yearEnding yearDescription
18221822Independência do Brasil
17891799Revolução Francesa
17831783Brasil Colônia: Luis da Cunha Meneses toma posse da Capitania de Minas Gerais
17881788Brasil Colônia: Luís da Cunha Meneses deixa o Governo de Minas Gerais
17921792Inconfidência Mineira: enforcamento de Tiradentes, em 21 de abril
18241824Política: D. Pedro I outorga a primeira Constituição brasileira
18251825Portugal e Inglaterra reconhecem a independência do Brasil
18081808Brasil Colônia: chegada da família real portuguesa ao Brasil
18081808Economia: abertura dos portos brasileiros ao comércio livre
18151815Brasil Colônia: o Brasil é elevado a Reino Unido de Portugal e Algarves
18231823Conflito: Guerra da Independência na Bahia
18081808Criação da Imprensa Régia no Brasil
17821782Brasil Colônia: Tomás Antônio Gonzaga chega a Vila Rica
17851785Brasil Colônia: a Coroa Portuguesa aumenta os impostos sobre o ouro nas Minas Gerais
18241824Confederação do Equador
18251828Conflito: Guerra Cisplatina
18071807Pressão francesa para ruptura da aliança entre Portugal e Inglaterra
18071807Invasão de Portugal por tropas de Napoleão
18081808Cultura: instalação da Biblioteca Real no Hospital da Ordem Terceira do Carmo, Rio de Janeiro
18081808Fundação do Arquivo Nacional
18111811Cultura: inauguração da Biblioteca Real no Rio de Janeiro
18201820Revolução do Porto
18211821Regresso de D. João VI a Portugal
18211821Abolição da Inquisição portuguesa apesar da manutenção da censura
18211821Regulamentação da liberdade de imprensa no Brasil
18081808Economia: permissão da instalação de fábricas e manufaturas no Brasil (1 de abril)
18101810Cultura: decreto de regulamentação do teatro no Brasil
18141814Proibição da posse e leitura das Fábulas de Jean de La Fontaine, traduzidas por Francisco Manuel do Nascimento
18171817Proibição da circulação em Portugal e seus domínios do jornal Correio Braziliense, de Hipólito José da Costa
18181818Compra da biblioteca do arquiteto José da Costa e Silva pelo governo português e sua incorporação à Biblioteca Real (RJ)
18211821Abertura, no Rio de Janeiro, da Tipografia de Moreira Garcez e da Nova Oficina Tipográfica, quebrando o monopólio da Impressão Régia no Brasil
18251825Os governos de Buenos Aires e britânico firmam um tratado contra o tráfico de escravos
17941794A Convenção Francesa aprova a abolição da escravidão em suas colônias
17891789Política: Ocorrem as primeiras eleições presidenciais nos Estados Unidos
18161816Toda família Bonaparte é afastada da França por lei do governo francês
15001822Período Colonial no Brasil

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