Pedro Amigo de Sevilha


Information about the writer

  • Full name: Pedro Amigo de Sevilha
  • Birth: XIII - Galiza, Espanha
  • Decease: XIII
  • Description:

    Religioso, poeta. O sítio Cantigas medievais galego-portuguesas traz: "Autor cuja atividade se desenvolveu indiscutivelmente junto da corte de Afonso X, como nos comprovam as suas cantigas, mas cuja identificação tem sido objeto de alguma discussão entre os especialistas, devido ao facto de estarem documentados vários homónimos na época. O seu nome situa-o em Sevilha, mas provavelmente, e ao contrário do que é habitual, não indicará a sua naturalidade, mas apenas o lugar onde se terá fixado. Na verdade, é possível que fosse galego, naturalidade certa de um dos homónimos referidos, um Pedro Amigo, clérigo de Santo Tirso de Ambroa (Corunha), atestado entre 1238 e 1275. Um (outro) homónimo está, por sua vez, documentado, entre 1288 e 1302, como cónego de Salamanca e Oviedo. A identificação torna-se ainda mais difícil por, em ambos os casos, a documentação atestar relações com jograis (no primeiro caso, com Pero Garcia de Ambroa, entre outros, no segundo, com um Pero Louçano, a quem o clérigo deixa a sua viola em testamento).

    A estes dois clérigos, referenciados desde há bastante tempo, juntou posteriormente Vicenç Beltran um outro Pedro Amigo, que parece ter fortes probabilidades de ser efetivamente o autor presente nos cancioneiros: trata-se de um "Pedro Amigo, joglar", beneficiado nos repartimentos de Jerez de la Frontera (1264 e 1269) e de Murcia (1266), e que este estudioso considera uma personagem diferente das anteriores.

    Recentemente (2018), Ron Fernández, atendendo à já referida "anomalia" no que diz respeito ao topónimo do seu nome, decidiu pesquisar se não se trataria, na verdade, de um topónimo menor galego, encontrando, de facto, uma quinta denominada Sevill, anexa ao mosteiro de Monfero, na localidade de Santa Giana (região a que está ligado o homónimo que é clérigo de Ambroa). E interroga-se: "Non sería doado que un copista non coñecedor da toponimia menor galega puidese ter cedido á tentación de emendar un erro inexistente e de repoñer o a final para convertelo na cidade andaluza?"

    Seja como for, a atividade de Pedro Amigo deverá ter-se iniciado ainda no reinado de Fernando III, prolongando-se por todo o reinado de Afonso X."

Source(s) of data

Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Amigo_de_Sevilha

Pedro Amigo de Sevilha (ou Pedr'Amigo) foi um jogral galego, ativo na segunda metade do século XIII na corte do rei castelhano Afonso, o Sábio, em Sevilha. Julga-se que fosse natural de Betanzos, estando referenciado como cónego das Sés de Oviedo e de Salamanca. O último documento onde surge referenciado é de 1308, pelo que se presume ter falecido após essa data. Compôs trinta e seis cantigas que figuram nos Cancioneiros da Ajuda, Biblioteca Nacional e da Vaticana, a saber, quatro cantigas de amor, dez de amigo, dezoito cantigas de escarnho e maldizer, três tenções e ainda uma pastorela. Uma das suas cantigas mais famosas é o diálogo entre mãe e filha sobre um pretedente desta, provavelmente um trovador: – Dizede, madre, por que me metestes en tal prison e por que mi tolhestes que non possa meu amigo veer? - Porque, filha, des que o vós conhocestes nunca punhou ergu’en mi vos tolher.E sei, filha, que vos trag’enganada con seus cantares, que non valen nada, que lhi podia quen quer desfazer. - Non dizen, madr’, ess’en cada pousada, os que trobar saben ben entender.Sacade-me, madre, d’estas paredes e veerei meu amigu’e veredes que logo me met’en vosso poder. - Non vos sacarei d’aquestas paredes, nen m’ar venhades tal preito mover,ca sei eu ben qual preito vos el trage e sodes vós, filha, de tal linhage que devía vosso servo seer. - Coidades vós, madre, que é tan sage que podess’el comigu’esso poer?Sacade-me, madre, destas prijões, ca non avedes de que vos temer. - Filha, ben sei eu vossos corações, ca non queren gran pesar atender.Outra cantiga de amigo bastante conhecida sua é: Moiro, amiga, desejando meu amigo, e vós no vosso mi falades, e non posso estar sempre en esto falando. Mais queredes falar migo? Falemos do meu amigo.Queredes que todavia eno vosso amigo fale vosco e, se non, que me cale, e non posso eu cada dia. Mais queredes falar migo? Falemos do meu amigo.Amiga, sempre queredes que fale vosco, e falades no vosso amigo e cuidades que posso eu; non o cuidedes. Mais queredes falar migo? Falemos do meu amigo.Non avedes d'al cuidado sol que eu vosco ben diga do vosso amigo; e, amiga, non posso eu, nem é guisado. Mais queredes falar migo? Falemos do meu amigo.

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