Comte d'Hauterive

Alexandre Maurice Blanc de Lanautte, Comte d'Hauterive (1754-1830), um estadista e diplomata francês, nasceu em Aspres (Hautes-Alpes) em 14 de abril de 1754 e foi educado em Grenoble, onde se tornou professor. Mais tarde, ele ocupou uma posição semelhante em Tours, onde atraiu a atenção da duque de Choiseul, que o convidou para visitá-lo em Chanteloup^.

Hauterive entrou em contato com nobres que visitaram o duque. Um deles, o conde de Choiseul-Gouffier, levou Hauterive com ele em sua nomeação como embaixador em Constantinopla em 1784. Hauterive foi enriquecido por um tempo por seu casamento com uma viúva, Madame de Marchais, mas foi arruinado pela Revolução Francesa. Em 1790, ele se candidatou e recebeu o cargo de cônsul em Nova York. Sob o consulado, no entanto, ele foi acusado de peculato e chamado de volta. Embora a acusação tenha sido provada ser falsa, ele não foi reintegrado^.

Em 1798, depois de tentar a agricultura na América, Hauterive foi nomeado para um cargo no escritório de Relações Exteriores francês. Nessa qualidade, ele fez uma sensação por seu De l'état de la France, à la fin de l'an VIII (1800), que ele havia sido contratado por Napoleão Bonaparte para elaborar como um manifesto para as nações estrangeiras após o golpe de Estado do 18 de Brumário. Isso lhe rendeu a confiança de Bonaparte, e ele foi empregado na elaboração de muitos dos documentos mais importantes. Em 1805, ele foi nomeado conselheiro de Estado e membro da Légion d'Honneur, e entre 1805 e 1813, ele foi mais de uma vez ministro das Relações Exteriores. Ele tentou, embora em vão, usar sua influência para moderar a política de Napoleão, especialmente em matéria de Espanha e no tratamento do papa^.

Em 1805, uma diferença de opinião com Talleyrand sobre a questão da aliança austríaca, que Hauterive favoreceu, levou à sua retirada do lado político do Ministério das Relações Exteriores, e ele foi nomeado guardião dos arquivos do mesmo departamento. Nessa qualidade, ele fez um trabalho muito útil e, após a Restauração continuou a pedido do duque de Richelieu, seu trabalho sendo reconhecido por sua eleição como membro da Academia des Inscriptions et Belles-Lettres em 1820. Morreu em Paris em 28 de julho de 1830^.