Advogado, poeta. O DGLAB traz: " Juiz; sobrinho do cronista e poeta Garcia de Resende e amigo de Luís de Camões, a quem endereçou várias composições. Escreveu poesias em castelhano (Theochristo) e poetou em português: além de sonetos, odes, epigramas, epístolas, elegias e versões das odes de Horácio, deixou o poema didáctico Microcosmografia e descrição do mundo pequeno que é o homem, que chegou a ser atribuído a Camões e publicado juntamente com obras deste (nomeadamente na chamada «edição de Juromenha»). Consta o dito poema de três cantos, em oitavas, e versa o tema do «pequeno mundo que é o homem». Preside a este poema uma concepção mecanicista da Natureza, detendo-se o poeta na descrição da perfeição do corpo humano. Estando, no entanto, o corpo sujeito à corrupção, como toda a matéria, infere daí o seu autor que só na graça de Deus e no desprezo dos bens do mundo encontrará o homem a verdadeira felicidade. Este platonismo de raiz agostiniana encontra-se, de resto, em toda a sua obra poética, que, embora retomando os versos e a temática de Petrarca, Garcilaso, Camões ou Bernardes (para além dos autores latinos – Ovídio, Virgílio e Horácio), nunca deixa de ser informada pela estrita observância da moral católica. Encontram-se nas suas composições os primeiros prenúncios do barroquismo, mas na écloga que nos deixou, talvez o que de melhor há no conjunto da sua obra poética, o estilo é simples e despojado, fazendo lembrar o de Rodrigues Lobo. O professor do antigo Colégio das Artes, em Coimbra, Joaquim Inácio de Freitas, tendo descoberto casualmente o manuscrito das Obras do Licenciado André Falcão de Rezende. Natural de Évora, tratou de o publicar em 1829, mas foi impedido pela morte de levar a cabo este intento. Parece que este manuscrito só deu entrada no prelo da Imprensa da Universidade de Coimbra em 1849, não estando a edição ainda concluída em 1881. Desta edição se imprimiram, para venda limitada, talvez em 1865 (segundo Aubrey Bell) ou 1859 (segundo Fidelino de Figueiredo), quatrocentas e oitenta folhas, que compreendiam, além do poema Microcosmografia, sonetos, odes originais do autor e versões das de Horácio, epístolas, uma écloga, uma elegia, entre várias outras composições."
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. I, Lisboa, 1989
Source: https://fr.wikipedia.org/wiki/André_Falcão_de_Resende
André Falcão de Resende, né en 1527 à Evora et mort en 1599, est un poète portugais. Fils de Jorge de Resende, poète du Chansonnier général et de Lucrecia Falcão, il est le neveu du célèbre poète, musicien, chroniqueur et architecte Garcia de Resende.
Title | Translated | Genre | Year |
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Beginning year | Ending year | Description |
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1415 | 1580 | Expansão marítima portuguesa |
1534 | 1534 | Brasil Colônia: D. João III divide o território brasileiro em Capitanias Hereditárias |
1543 | 1543 | Ciência: publicado o Tratado de Astronomia de Copérnico |
1545 | 1545 | Religião: abertura do Concílio de Trento, para fazer frente à Reforma Protestante |
1549 | 1549 | Brasil Colônia: Tomé de Sousa é nomeado governador-geral do Brasil |
1572 | 1572 | Cultura: publicação de Os Lusíadas |
1580 | 1580 | Brasil Colônia: anexação de Portugal à Coroa Espanhola |
1592 | 1610 | Brasil Colônia: período do domínio francês no Maranhão |
1536 | 1536 | Religião: instalado o tribunal do Santo Ofício em Portugal |
1542 | 1542 | Brasil Colônia: uma expedição de 50 homens de Francisco de Orellana descobre o rio Amazonas |
1554 | 1554 | Brasil Colônia: fundação da Cidade de São Paulo em 25 de janeiro |
1534 | 1534 | Brasil Colônia: Duarte Coelho de Albuquerque torna-se o 1º donatário a receber uma capitania no Brasil |
1500 | 1822 | Período Colonial no Brasil |
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