Poeta, crítico, historiador, filólogo, moralista. O DGLAB traz: " Poeta, historiógrafo e crítico, foi sobretudo como camonianista que este polígrafo bilíngue ficou na história da literatura portuguesa. Desde novo vocacionado para o desenho, a poesia e a história, estudou também gramática latina e lógica. Partiu em 1630 para Roma, como secretário do embaixador marquês de Castelo Rodrigo. Fixou-se definitivamente em Madrid em 1634, tendo vivido os últimos anos em casa do marquês de Montebelo. A maior parte da sua obra é escrita em castelhano – já que grande parte da sua vida a viveu em Espanha. São controversas as opiniões dos seus contemporâneos acerca das posições de Faria e Sousa relativamente à revolução de 1640, como o são a respeito do valor, ou do rigor, que informa a sua obra. A verdade é que, se os Comentários d' «Os Lusíadas» foram objecto de acusação de menos católicos por parte de inimigos seus, o conjunto da sua obra não deixou de ter sucesso na época e de merecer a estima de personalidades como o conde da Ericeira; Lope de Vega chamou-lhe «príncipe de los comentadores en todas lenguas». Contraditoriamente, o trabalho que mais o notabilizou é também aquele que tem suscitado mais contestação: de facto, parece não haver dúvidas de que, no empenho de, segundo as suas próprias palavras, devolver a Camões «todo lo que ha hallado con sombra de suyo», Faria e Sousa teria incluído na sua edição comentada das Rimas de Camões composições da autoria de outros poetas, nomeadamente de Diogo Bernardes; do mesmo modo, há versos que alterou – não se sabe até que ponto arbitrariamente –, partindo do princípio de que haviam sido adulterados. O Epítome de las Historias Portuguesas, que é o seu principal trabalho historiográfico, distribui-se, em edições póstumas, por três partes: Europa Portuguesa, Ásia Portuguesa, África Portuguesa; havia ainda a América Portuguesa, que ficou manuscrita. Inserto no Epítome, encontra-se entretanto um inventário de autores intitulado De los Escritores Portugueses, o qual, juntamente com o também seu Cathalogo de los Escritores Portugueses, que contém oitocentas e vinte e três entradas, como informa Rui Vieira Nery, in A Música no Ciclo da «Bibliotheca Lusitana», contribui, depois de Francisco Galvão de Mendanha e de Manuel Severim de Faria, para o projecto de levantamento biobibliográfico de autores portugueses que viria a materializar-se, no século XVIII, na Biblioteca Lusitana, de Barbosa Machado, que o menciona. Quanto à sua produção poética, ela está condensada, no essencial, em Fuente de Aganipe [...] e inclui éclogas em português.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. I, Lisboa, 1989
Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_de_Faria_e_Sousa
Manuel de Faria e Sousa (Felgueiras, Pombeiro de Ribavizela, 18 de março de 1590 — Madrid, 3 de junho de 1649) foi um fidalgo, humanista, escritor, poeta, crítico, historiador, filólogo e moralista português. As suas obras foram quase todas escritas em língua castelhana, pátria que adoptou. Foi Comendador da Ordem de Cristo.
Title | Translated | Genre | Year |
---|
Beginning year | Ending year | Description |
---|---|---|
1592 | 1610 | Brasil Colônia: período do domínio francês no Maranhão |
1630 | 1654 | Brasil Colônia: período da segunda invasão holandesa em Pernambuco |
1640 | 1640 | Portugal readquire sua autonomia com a Casa de Bragança |
1624 | 1624 | Brasil Colônia: primeira invasão holandesa |
1637 | 1644 | Brasil Colônia: permanência no Brasil do Príncipe Maurício de Nassau |
1649 | 1649 | Economia: estabelecimento da Companhia Geral do Comércio do Brasil |
1640 | 1640 | Fundação da Dinastia de Bragança |
1616 | 1616 | Ciência e religião: a Igreja Católica condena o livro de Copérnico que contém suas teorias astronômicas |
1500 | 1822 | Período Colonial no Brasil |
Comments
Add comment
This document has not been commented yet, leave your comment by clicking on "Add comment"
You need to login to comment on this work