Religioso, poeta. Seguindo o DGLAB, "Eremita da Ordem de St.° Agostinho, foi mestre de noviços, prior do Convento de Terrafirme e visitador da sua Ordem. Capelão do exército que se destinava a Alcácer Quibir, aí foi ferido e feito prisioneiro. Mais tarde resgatado, preferiu permanecer junto dos cativos para os confortar nos seus padecimentos e tribulações, tarefa que cumpriu até à morte. Os Trabalhos de Jesus foram escritos no cativeiro e revelam o temperamento místico do seu autor, que, num estilo de grande interioridade, lirismo e emoção, «contempla» os sofrimentos de Cristo e estabelece um diálogo da alma com Deus, utilizando um tom directo no qual exprime uma imensa riqueza e diversidade de sentimentos. O seu estilo, muito pessoal e despojado de ostentação erudita, é simples, elegante, e revela um perfeito domínio da língua. Frei Tomé de Jesus foi o nosso autor místico mais traduzido durante os séculos XVII e XVIII."
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. I, Lisboa, 1989
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