O sítio BN Digital traz: "Foi num domingo, dia 10 de julho de 1864 que, no Rio de Janeiro foi publicado pela primeira vez o periódico Esperança: jornal litterario, poetico, critico e recreativo. Era propriedade da Associação União Litteraria e foi impresso pelas máquinas da Typographia Imparcial, que estava situada na rua de Santo Antonio, n. 26 A. Uma nota logo abaixo do cabeçalho informava aos leitores que “recebe-se qualquer artigo para ser publicado, uma vez approvado pela redacção, publica-se todos os domingos e assigna-se na typographia Imparcial”. O valor das assinaturas tinha preços diferenciados para a corte e para as províncias. Na corte os valores eram de 3$000, 6$000 e 12$000 para as assinaturas trimestrais, semestrais ou anuais, respectivamente. Já nas províncias as mesmas tinham um acréscimo. Passavam para 3$500, 7$000 e 14$000 nas assinaturas trimestrais, semestrais e anuais. Não apresentou valor para a venda por número avulso. A publicação original foi composta em papel madeira, medindo 33cm x 25cm. Está em bom estado de conservação, apresentando interferências que o tempo de manuseio e armazenamento provocam. O texto inicial informa que objetivo da publicação é proteger a literatura.[...] Esperança: jornal litterario, poetico, critico e recreativo foi diagramado com textos em três colunas e seus artigos foram separados por linhas e vinhetas. Cada fascículo foi formado com quatro páginas. Não apresentou ilustrações. Diferentemente da maioria dos títulos desta época, este não teve uma vida efêmera. Seu último exemplar foi o de número 46 que foi publicado no dia 06 de julho de 1865, portanto, durou um ano, com fascículos semanais. Um luxo, se compararmos aos demais títulos, que em sua maioria conseguiam apenas a produção de 4 ou 5 exemplares. A Esperança passou por algumas mudanças em sua diagramação e também na direção de seus colaboradores. A partir do número 24, publicado em 18 de dezembro de 1864, além da informação de ser propriedade da Associação União Litteraria, apresenta como redator principal o nome de Alvarenga Netto, cargo que, a partir do número 29, de 31 de janeiro de 1865, passa a dividir com Duarte F. G. Pereira (1847-1901), deixando de mencionar o nome da associação como responsabilidade. É também no número 29 que a publicação muda seu subtítulo passando a jornal político, litterario e critico. A partir do n.34, de 7 de março, o redator e proprietário passa a ser apenas o Duarte F. G. Pereira. Alguns dos colaboradores: Arnaldo Molarinho e Josephina R. L. Pitanga. E das páginas de Esperança destacamos a poesia “Paquetá!” de T. de Macedo."
ALVARENGA NETO, ; PEREIRA, Duarte F G. Esperança: Jornal literário, poético, crítico e recreativo. , 1864.
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