Livro de estreia de Cesare Pavese (1908 - 1950), Lavorare Stanca foi publicado pela primeira vez em 1936, durante o regime fascista. Publicada primeiro pela revista Solaria, a primeira edição possuía apenas 49 poemas, dos quais quatro (“Il dio caprone”, “Balletto”, “Paternità” e “Pensieri di Dina”) foram censurados pelo governo fascista. Sendo assim, no primeiro volume constavam 45 dos 49 poemas preparados originalmente para esta edição.
A segunda edição do livro foi publicada pela Einaudi em 1943. Pavese, ao reorganizar os poemas para publicação, recuperou três dos quatro poemas censurados pelo Departamento de censura do governo, salvo apenas “Pensieri di Dina”. Além disso, excluiu seis poemas da primeira edição (“Canzone di strada", "Proprietari”, “Tradimento”, “Ozio”, “Cattive compagnie” e “Disciplina antica”), alterou e corrigiu os poemas remanescentes e adicionou 28 novos poemas, totalizando 70 poemas reorganizados em seis seções, estrutura que encontramos nas edições atuais. Pavese também acrescentou um apêndice com dois ensaios sobre sua poética: “Il mestiere di poeta” (1934) e “A proposito di certe poesie non ancora scritte” (1940). A edição definitiva foi concluída sete anos depois da primeira publicação, em 1943.
Verbete por Ana Luiza Prancic (2023)
PAVESE, Cesare. Lavorare stanca. 2. ed. Turim, Itália: Einaudi, 1943.
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