PLATÃO, . A república. , s.d..
Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_República
A República (em grego: Πολιτεία, transl. Politeía) é um diálogo socrático escrito por Platão, filósofo grego, no século IV a.C. (pelo ano de 375 a.C.) Todo o diálogo é narrado, em primeira pessoa, por Sócrates. O diálogo parte de uma busca acerca da definição do conceito de Justiça (de modo característicos dos seus primeiros diálogos), o que leva Platão a especular tanto acerca do seu antônimo (a injustiça) como entre os mais diversos temas, não só éticos, mas também políticos, epistemológicos, metafísicos, psicológicos, entre outros. Destacam-se no texto as divagações do filósofo quanto à filosofia ético-política (ainda que não seja sua única e mais madura obra dedicada ao tema, como exemplo podemos citar seu diálogo da velhice Leis). No livro, Platão trata das características dos diferentes regimes políticos e a proposta do próprio Platão de uma cidade ideal governada por filósofos em um regime sofocrático, designada como "Kallipólis" (que significa "cidade bela"). Platão, para avaliar os regimes, desenvolve um paralelo entre o ser humano e a cidade. Primeiramente, o filósofo elenca três faculdades distintas para alma humana, a saber, apetitiva, irascível e racional. Em seguida, o filósofo divide a sociedade em três classes: a dos trabalhadores (comerciantes, artesãos etc.), a dos guerreiros (os guardiães) e a dos governantes (os filósofos). Assim, Platão argumenta a favor de uma correspondência entre ambas as instâncias: a cidade-estado, por um lado, e o ser humano por outro, defendendo haver uma harmonia entre as diferentes faculdades da alma, como também entre as diferentes classes da cidade. Essa ordenação se dá quando tanto o indivíduo quanto o estado elegem seus aspectos racionais como orientador de suas ações (daí a predileção pelo filósofo como governante, a profissão mais intelectual). Como consequência dessa harmonia, nasce a saúde na alma e na pólis, a qual se reflete também na justiça, questão inicial posta no livro I do diálogo. A República tem uma extensão considerável, articulada pelos tópicos do debate e por elementos dramáticos. Exteriormente, está dividido em dez livros, subdividida em capítulos e com a numeração de páginas do humanista Stéphanus da tradição manuscrita e impressa.
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