Segundo Borba de Moraes: "O príncipe Luís de Bourbon, conde d’Áquila, que era casado com a princesa Januária, irmã do imperador do Brasil, Pedro II, vivia temporariamente em Londres após a Guerra Franco-Prussiana. Acossado por credores, convenceu o encarregado de negócios do Brasil, o comandante João Pereira de Andrada, a emprestar-lhe 14 mil libras, tendo como garantia os móveis, quadros, livros e “objetos de arte” de sua residência, no nº 17 de Holland Park, para que pudesse pagar algumas das dívidas mais urgentes. O dinheiro foi retirado de fundos pertencentes ao Tesouro brasileiro. Contudo, uma ação judicial foi iniciada na Corte de Common Pleas contra o conde d’Áquila por um dos credores, que exigia a soma de quase 8 mil libras. Naquele momento, o comandante de Andrada já havia deixado Londres, e o barão de Penedo estava à frente da legação brasileira. Para proteger o empréstimo do dinheiro público, este processou o conde, mas, após muitas vicissitudes e considerável escândalo público, o ministro plenipotenciário perdeu a causa. O conde d’Áquila, mais tarde, vendeu parte de seus móveis e pagou seus credores. Este panfleto foi impresso para esclarecer os fatos desse infeliz episódio do ponto de vista do conde d’Áquila. Muitos documentos são reproduzidos."
NOTICIA documentada dos negócios em Londres de suas Altezas Imperiais e Reais os Senhores Conde e Condessa D'Áquila. Londres, Inglaterra: [s.n.], 1873.
