Tradução do Francês, de Les Travailleurs de la Mer, de Victor Hugo. Publicada em folhetins não assinados, de 15 de março a 29 de julho de 1866, no Diário do Rio de Janeiro. Publicado em volume no mesmo ano pela Tipografia Perseverança.
HUGO, Victor. Os trabalhadores do mar. Tradução de Machado de Assis. Rio de Janeiro, RJ: Tipografia PerseverançaRio de Janeiro, RJ: Diário do Rio de Janeiro, 1866.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Les_Travailleurs_de_la_Mer
Os Trabalhadores do Mar é a tradução em português de Les Travailleurs de la mer, um romance de Victor Hugo, escritor francês, publicado em 1866. O livro é dedicado à Ilha de Guernsey, onde Hugo viveu 15 anos em exílio auto-infligido. A dedicatória diz: Dedico este livro ao rochedo de hospitalidade e de liberdade, a este canto da velha terra normanda onde vive o nobre e pequeno povo do mar, à ilha de Guernesey (ou Guernsey), severa e branda, meu atual asilo, meu provável túmulo. À guisa de apresentação, o editor escreve na primeira página: A religião, a sociedade, a natureza: tais são as três lutas do homem. Estas três lutas são ao mesmo tempo as suas três necessidades; precisa crer, daí o templo; precisa criar, daí a cidade; precisa viver, daí a charrua e o navio. Mas há três guerras nessas três soluções. Sai de todas a misteriosa dificuldade da vida. O homem tem de lutar com o obstáculo sob a forma superstição, sob a forma preconceito e sob a forma elemento. Tríplice 'ananke' pesa sobre nós, o 'ananke' dos dogmas, o 'ananke' das leis, o 'ananke' das coisas. Na Notre-Dame de Paris, o autor denunciou o primeiro; em 'Os Miseráveis', mostrou o segundo; neste livro indica o terceiro. A essas três fatalidades que envolvem o homem, junta-se a fatalidade interior, o 'ananke' supremo, o coração humano. (Obs.: 'ananke': palavra grega para fatalidade.)
